A aprendizagem profissional como política de enfrentamento à vulnerabilidade social: um estudo sobre o programa jovem candango

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Palavras-chave:

políticas públicas, aprendizagem profissional, vulnerabilidade social, programa jovem candango

Resumo

O estudo teve por objetivo compreender como a aprendizagem profissional contribui para a redução da vulnerabilidade social, a partir da análise do Programa Jovem Candango do Distrito Federal, à luz do referencial teórico adotado e da legislação aplicável ao tema, relatórios e demais documentos disponíveis atinentes à execução do referido programa. Demonstra que a vulnerabilidade social não é uma condição inerente ao indivíduo, mas decorre do contexto social no qual ele encontra-se inserido. Apresenta dados que demonstram a grande assimetria existente nas condições de vida dos jovens do Distrito Federal quanto ao trabalho, renda e educação, onde os jovens negros (pretos e pardos), sendo 59,6% dessa juventude, se encontram em sua maioria, 75,3%,  no estrato socioeconômico de menor renda média domiciliar, R$ 1.870,50, e como parte da população negra como um todo, residem em sua maioria em regiões administrativas mais pobres com altas taxas de desemprego e baixa renda, cenário esse que penaliza duplamente as mulheres negras. Entre outras desigualdades, os dados também apontam que é nos estratos socioeconômicos de menor renda média domiciliar que se concentram os maiores percentuais de jovens que apenas trabalham, chegando a 31,5%, bem como daqueles que não estudam e nem trabalham, 30,9%. Questiona o processo seletivo por privilegiar aqueles que se encontram regulares no ensino, considerando os fatores idade e grau de instrução correspondente, em detrimento daqueles que se encontram “atrasados”, portanto, sujeitos a uma condição mais vulnerável, porém conclui que a vulnerabilidade social pode ser mitigada pela aprendizagem profissional de modo objetivo e por tempo limitado a no máximo 2 anos com a elevação da renda familiar; e de modo subjetivo e por tempo indeterminado, na medida em que proporciona a formação, a instrumentalização, e a emancipação do sujeito para atuar de forma proativa numa sociedade cujas relações de trabalho estão em permanente transformação.

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Biografia do Autor

João Vânio de Alencar, Universidade de Brasília

Tecnólogo em Processamento de Dados pelas Faculdades Integradas de Jacarepaguá FIJ (2002). Especialização em Gestão Pública: Governança e Políticas Públicas pelo Instituto Federal de Brasília IFB (2019). Mestre em Educação Profissional e Tecnológica pelo IFB (2022). Exerceu diversas funções técnicas e administrativas na Marinha do Brasil - MB, como militar de carreira, no período de 1984 a 2014, com destaque para a área de Licitações e Contratos Administrativos no Hospital Naval Marcílio Dias, RJ (2006 - 2010) e no Comando do 7º Distrito Naval, DF (2012 - 2014). Transferiu-se para a Reserva Remunerada da MB em 2014, no Posto de Capitão-Tenente.

Rafaela Caetano Pinto, Universidade de Brasília

Professora do Instituto Federal de Brasília (IFB). Doutora em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Maria (2018). Mestre em Comunicação pela Universidade Federal de Santa Maria (2012). Graduada em Comunicação Social hab.: Relações Públicas pela Universidade Federal de Santa Maria (2010). Além das experiências no mercado de trabalho, atua na área de Comunicação, pesquisando principalmente sobre os seguintes temas: movimentos sociais, mobilização social, ativismo, esfera pública, comunicação pública e políticas públicas de comunicação.

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Publicado

2024-07-16

Como Citar

Alencar, J. V. de, & Pinto, R. C. (2024). A aprendizagem profissional como política de enfrentamento à vulnerabilidade social: um estudo sobre o programa jovem candango. Revista Processus De Políticas Públicas E Desenvolvimento Social, 6(12), e061191. Recuperado de https://periodicos.processus.com.br/index.php/ppds/article/view/1191

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