Rentabilidade dos títulos do tesouro: uma análise de séries temporais e janelas móveis

Autores/as

Palabras clave:

Renda Fixa. Investimentos. Rentabilidade. Títulos do Tesouro.

Resumen

Este trabalho busca identificar uma estratégia consistente de investimento em títulos dos públicos, utilizando-se janelas móveis e tamanhos variados de janelas. Para isso, foram analisadas os retornos acumulados e relação risco x retorno de 46 títulos com data de vencimento posterior a 31/12/2026. Foram consideradas 10 tamanhos diferentes de janelas variando de 1 mês até 60 meses. Os resultados mostraram que, para aplicações de prazo mais curto, o Tesouro Selic é o papel com melhor retorno e menor risco. Para aplicações de médio prazo, o Tesouro Prefixado apresenta melhor desempenho em termos de retorno. Para aplicações de longo prazo, destacaram-se o Tesouro IPCA+ (com maior retorno acumulado) e o Tesouro IGPM+ com Juros Semestrais (maior índice sharpe). Neste sentido, investidores com maior tolerância ao risco e horizonte de investimento mais longo podem considerar o Tesouro IPCA+ ou Tesouro Prefixado, que oferecem potencial de retornos mais elevados, mas com maior volatilidade. Para previsão das rentabilidades futuras, utilizou-se modelos Arima. Os modelos arima foram capazes de capturar apenas a tendência, principalmente do Tesouro Selic 2029. Com relação ao Tesouro Prefixado 2029 e o Tesouro IPCA+ 2035, os modelos arima não demonstraram boa capacidade preditiva. Para pesquisas futuras, sugere-se uma análise de carteiras para balanceamento do risco e retorno e outros tipos de modelos de séries temporais para previsão das rentabilidades futuras.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

José Bonifácio de Araújo Júnior, Centro Universitário UniProcessus

Doutor em Ciências Contábeis pela Universidade de Brasília (UnB), Mestre em Ciências Contábeis pela Universidade de Brasília (UnB), Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL), Bacharel em Administração pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Licenciado em Matemática pela Universidade Católica de Brasília (UCB).

Luiz Augusto Pereira Tavares, Ministério da Previdência Social, DF, Brasil

Graduado em INFRA-ESTRUTURA AERONAÚTICA ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica). Pós-Graduado em Gestão Pública e Responsabilidade Fiscal pela Universidade Aberta do Brasil. Atualmente é Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil atuando na Coordenação Geral de Atuária e Investimentos do Departamento dos Regimes Próprios de Previdência Social (DRPPS) do Ministério da Previdência Social (MPS).

 

Citas

ARAÚJO, A. C.; MONTINI, A. A. Análise do processo de formação da taxa de juros no Brasil: uma abordagem de vetores autorregressivos com correção de erros (VEC). Revista de Economia e Administração, v. 14, n. 4, p. 451-474, 2015.

ARAÚJO, E.; GUILLÉN, O. T. C. Previsão de inflação com incerteza do hiato do produto no Brasil. Economia Aplicada, v. 12, n. 4, p. 659-679, 2008.

BROOKS, C. Introductory Econometrics for Finance. 4. ed. United Kingdom: Cambridge, 2019.

CHAI, T.; DRAXLER, R. R. Root mean square error (RMSE) or mean absolute error (MAE)? – Arguments against avoiding RMSE in the literature. Geoscientific Model Development, v. 7, n. 3, p. 1247–1250, 2014.

COSTA, T. M. T.; EID Jr., W. Estratégias de investimento em títulos públicos: uma análise empírica para o mercado brasileiro. Revista Brasileira de Finanças, v. 13, n. 3, p. 459-488, 2015.

FERNANDES, M.; TORO, J. Mecanismos não-lineares de repasse cambial: um modelo de curva de Phillips com threshold para o Brasil. Economia Aplicada, v. 9, n. 3, p. 383-405, 2005.

FISHER, I. The Theory of Interest. New York: Macmillan, 1930.

GUJARATI, D. N. Econometria básica. 4. ed. São Paulo: Pearson, 2006.

KEYNES, J. M. The General Theory of Employment, Interest and Money. London: Macmillan, 1936.

LIMA, A. M.; ISSLER, J. V. A hipótese das expectativas na estrutura a termo de juros no Brasil: uma aplicação de modelos de valor presente. Revista Brasileira de Economia, v. 57, n. 4, p. 873-898, 2003.

LIMA, E. J. A.; CÉSPEDES, B. J. V. O desempenho do mercado (FOCUS) e do BACEN na previsão da taxa SELIC: um estudo comparativo. Economia Aplicada, v. 7, n. 2, p. 279-298, 2003.

MENDONÇA, H. F.; PIRES, M. C. C. Liberalização da conta de capitais e inflação: a experiência brasileira no período pós-real. Estudos Econômicos, v. 36, n. 1, p. 149-179, 2006.

MODIGLIANI, F.; SUTCH, R. Innovations in Interest Rate Policy. The American Economic Review, v. 56, n. 1/2, p. 178-197, 1966.

OLIVEIRA, F. N.; COSTA, A. R. The impact of monetary policy on the yield curve in Brazil. Applied Economics, v. 45, n. 30, p. 4191-4200, 2013.

PELLEGRINI, J. A. Rentabilidade real dos títulos públicos federais: uma análise de longo prazo. Texto para Discussão - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 2019.

REINHART, C. M.; ROGOFF, K. S. This Time Is Different: Eight Centuries of Financial Folly. Princeton University Press, 2009.

SECURATO, J. R.; CHÁRA, A. N.; SENGER, M. C. M. Análise do perfil dos fundos de renda fixa do mercado brasileiro. Revista de Administração, v. 43, n. 3, p. 250-262, 2008.

TABAK, B. M.; ANDRADE, S. C. Testing the Expectations Hypothesis in the Brazilian Term Structure of Interest Rates. Revista Brasileira de Finanças, v. 1, n. 1, p. 19-43, 2001.

TAYLOR, J. B. Discretion versus policy rules in practice. Carnegie-Rochester Conference Series on Public Policy, v. 39, p. 195-214, 1993.

VARTANIAN, P. R. Choques monetários e cambiais sob regimes de câmbio flutuante nos países membros do Mercosul: há indícios de convergência macroeconômica? Economia e Sociedade, v. 19, n. 3, p. 553-587, 2010.

Publicado

2024-06-20