Escolaridade e crianças com deficiência auditiva e surdez
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.10125265Palavras-chave:
Escolarização. Infante. Pessoa com deficiência. Psicologia sócio-histórica.Resumo
A história da educação para surdos no Brasil iniciou-se em 1857 com o Imperial Instituto de Surdos-Mudos e a chegada de Hernest Huet, ex-diretor do Instituto de Surdos em Paris. Huet influenciou o desenvolvimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras) ao introduzir uma metodologia baseada em sua experiência na França. Apenas na década de 1970, a língua de sinais foi efetivamente ensinada, junto com o método oral. A filosofia bilíngue ganhou destaque, recomendando que a Libras seja a primeira língua e o português, a segunda. Em 2015, a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência Auditiva apresentou o projeto de Lei 1.361/15 para garantir direitos aos deficientes auditivos unilaterais, retomando destaque em 2022. A Lei de Libras (10.436/2002) garante direitos, mas a pesquisa destaca a necessidade de implementar efetivamente o ensino em Libras e promover mudanças sociais para uma inclusão plena. Apesar de avanços, persiste um longo caminho para garantir a educação bilíngue e transformações na interação e participação da comunidade surda. Esta pesquisa empregou a metodologia de pesquisa bibliográfica e documental, centrada em uma análise sócio-histórica. Conclui-se que, apesar dos avanços significativos alcançados na melhoria da qualidade de vida e na construção de um sistema educacional para pessoas surdas ou com deficiência auditiva, persiste um extenso caminho a ser percorrido. Isso se evidencia na urgência de uma implementação mais efetiva do ensino em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e na integração dessa língua no quotidiano dos brasileiros.
Downloads
Referências
BOTELHO, Paula. Linguagem e Letramento na Educação dos Surdos: ideologias e práticas pedagógicas. Belo Horizonte: Autêntica 2002.
BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Brasília: Senado Federal, 2005.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Brasília: Senado Federal, 2002.
COELHO, Evene Thais Austriaco et al. Uma perspectiva histórica sobre a educação dos surdos no Brasil: um olhar sobre as leis que tratam sobre a educação inclusiva. Conjecturas, v. 22, n. 18, p. 872-892, 2022.
FREITAS, M. T. DE A. A abordagem sócio-histórica como orientadora da pesquisa qualitativa. Cadernos de Pesquisa, n. 116, p. 21–39, jul. 2002.
FREITAS, Raquel A.; LIBÂNEO, José Carlos. O experimento didático formativo na perspectiva da teoria do ensino desenvolvimental. Educação e Pesquisa, v. 48, 2022.
SILVA, Erliandro Félix et al. Educação bilíngue para surdos no Brasil no contexto da educação básica: estudo bibliométrico baseado nas pesquisas stricto sensu (2017–2021). Research, Society and Development, v. 11, n. 3, p. e30111326720-e30111326720, 2022.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Processus de Estudos de Gestão, Jurídicos e Financeiros
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
A submissão de originais para a Revista Processus de Estudo de Gestão, jurídicos e Financeiros implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Revista Processus de Estudo de Gestão, jurídicos e Financeiros como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se í matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.