IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA SOBRE EMPREGO E RENDA: CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Resumo
Após um início de século marcado por elevadas taxas de crescimento da renda e dos níveis de ocupação, o Brasil experimenta, na década presente, um período de forte estagnação. As taxas de crescimento do produto interno bruto (PIB) são reduzidas e, não raro, negativas. De forma análoga, verifica-se nos últimos anos uma queda na renda e poder de compra das famílias brasileiras. Ainda que em recuperação, os índices de desemprego também mostram um cenário bastante diverso do anterior. Dentre os mecanismos considerados para superação deste quadro, ganhou destaque as chamadas reformas estruturais, compreendendo as relações de trabalho, a previdência social, o sistema tributário, bem como a reforma do aparelho de Estado e do próprio sistema político-partidário. A mais avançada destas reformas é a trabalhista, cuja reformulação, derivada da Lei nº 13.467, completou recentemente dois anos. Ainda que este período seja curto para que se proceda a inferências mais consolidadas e confiáveis, há efeitos decorrentes de sua aplicação que já podem ser observados. Deste modo, o presente artigo pretende discutir alguns dos possíveis impactos da reforma trabalhista sobre a composição do emprego e renda das famílias. Para tanto, o mesmo foi dividido em três seções, além desta Introdução. A segunda seção discorre sobre mudanças jurídicas entre a lei nº 13.467/2017 e a consolidação das leis do trabalho (CLT). A terceira seção se debruça sobre dados e indicadores econômicos referentes aos últimos anos, mormente acerca da evolução da economia brasileira, a renda das famílias e dos níveis de emprego. Finalmente, a última seção tece considerações e perspectivas para o contexto nacional.
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Referências
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